O Manto
representa o Ministério Apostólico, entretanto, é importante saber que Pai só
existe um que está nos céus é assim que nos orienta a Palavra de Deus nos
advertindo a ninguém chamarmos de Pai, contudo, a Paternidade Espiritual é esta
cobertura coletiva de Liderança que age como Pai de uma geração órfã.
Paternidade é um manto e não uma pessoa, é um legado, uma herança deixada aos
filhos. Assim, o que determina um manto paterno não é apenas quem cobre, mas
sobretudo o que está debaixo dele. É necessário compreender que o manto não é
para discípulos e sim para filhos, pois eles escondem um profundo princípio
espiritual de transferência de legado, como se uma herança estivesse sendo
liberada.
Tenho pensado muito nisto, neste mês de agosto que é o mês dos Pais.
Paternidade é mais do que um líder competente que lhe dá consultorias
apropriadas avaliando o Reino como um mercado financeiro apresentando as
melhores oportunidades e desenvolvendo estratégias de crescimento humano.
Hoje há
muitos Apóstolos agindo em divergência ao ofício, não estão encaixados no
encargo do céu para o exercício de sua função ministerial no corpo. Por
exemplo: Vejo que há muitos que confundem autoridade com autoritarismo e vivem
um extremo doentio de liderança, criando discípulos parasitas ao invés de
filhos ou uma rede de lojas ao invés de igrejas inclusive instituindo
percentuais de dízimos e ofertas a serem alcançados como metas de crescimento.
Outros querem ser Pais para serem servidos, hoje é muito comum Pseudo Apóstolos negociando o manto ao barganhar: Você me dá seu dízimo e eu te controlo a
vida! Isso não é cobertura é franquia. Não há interesse por pessoas, apenas por
resultados.
Este comportamento ditador gera dois tipos de comportamento, são
duas esferas doentias de relacionamento, onde não existe um equilíbrio: de um
lado os que dizem que não aceitam a liderança de homens e que recebem ordens
expressas de Deus, renegando o texto bíblico de Romanos 13 que atesta que toda
autoridade é constituída por Ele. Em muitos casos, este comportamento rebelde
se deve a falta de paternidade na infância e a falha frequente de todos os
modelos de autoridade que passaram pela vida do indivíduo.
Então, na vida
adulta, toda revolta contida como resíduo de ódio é transferido diretamente
para o Pastor e o exercício do amor é destorcido. Há pessoas que não esperam
uma paternidade espiritual, na verdade querem alguém que supra suas carências
emocionais originadas em sua formação deficiente.
Em I
Coríntios 15:46,47 o texto deixa claro que existe um profundo princípio
espiritual, quem está debaixo de uma cobertura terrena é terreno, contudo, quem
compreende que precisa estar debaixo de uma cobertura espiritual é espiritual,
onde existem dois homens criados por Deus, Adão e Cristo, um apresentando um
modelo de manto humano e natural e outro o homem espiritual. Um, primeiramente,
terreno e outro o espiritual.
O manto paterno libera filhos para o Reino, ou
seja, destravam ministérios e chamados como ferramentas para o estabelecimento
do Reino de Deus.
Portanto, o
homem da terra tem seu lugar de honra como o natural e salienta que para
completar este mistério vem um homem celeste no padrão divino. Assim,
primeiramente, precisamos estar debaixo de uma cobertura humana para que a
cobertura espiritual possa fluir sobre nós de maneira adequada, este é o plano
de Deus para o seu Reino: Um manto espiritual sobre sua igreja.
De outro
lado, os coronéis do evangelho tentaram tomar o lugar de Deus na vida das
pessoas ao invés de estimulá-las a ouvi-Lo. Criaram pessoas dependentes
emocionalmente, surdas espiritualmente e religiosas pelo domínio. Transformaram
cristãos em zumbis que necessitam
da opinião
alheia para dar-lhes o senso de valor e segurança, precisam de um líder para
pensar em seu lugar e resolver suas questões problemáticas de vida. Uma relação
pautada em obediência cega e obrigações financeiras. Seriam estes pais de uma
geração perdida ou sanguessugas se alimentando da solidão de homens de Deus?
É momento de
criarmos um equilíbrio entre submissão as autoridades constituídas por Deus e
dependência total de Deus. Por isso, Deus está restaurando o Manto Apostólico.
Em I Sm 15:24-31 Saul rasgou o manto de Samuel.
O Manto representa respaldo, e
rasgar a cobertura é coisa séria, pois quando o manto é puxado para uso
pessoal, a cobertura é retirada, porque pessoas que retiram o manto de sua
autoridade para fazerem o que bem entendem desrespeitam este princípio.
O Manto
libera uma unção que autoriza o exercício do chamado, ele abre o campo de visão
profético, ele inspira palavras de autoridade destravadas pelo céu, ele conecta
os ouvidos espirituais a ouvir o céu e principalmente transfere um coração de
Pai para que o Filho também o seja, afinal quem vê o filho vê o Pai.
Costumo
dizer que em nosso padrão de relacionamento apostólico temos filhos (gerados em
casa) filiados (filhos por adoção) as aliados (parceiros de missão) e os
aproveitadores. Neste último nível vale uma ressalva: Estou falando de pessoas
que jamais se sujeitam a uma autoridade, mas quando lhe é interessante fingem
estar em obediência se alimentando da projeção ministerial que o manto lhe dá.
Eles querem fama, glória humana, prestígio e visibilidade, nem caminham conosco
e vivem dizendo que somos seus pais espirituais. Isso é mentira! É puro
interesse, o manto ministerial não é uma capa de invisibilidade para suas deficiências de caráter.
Todo indivíduo que está debaixo de um manto precisa
se ajustar a medida deste propósito de autoridade. Muitos querem uma cobertura
para justificar sua própria desordem, escondendo seus piores erros debaixo da
capa de sua cobertura. Saul só queria cobertura para se justificar diante do
povo e não para verdadeiramente honrar Samuel. Não nos honra e quer ser filho.
Quem está
debaixo de uma capa de autoridade precisa se identificar com ela. Saul se
preocupava tanto com a opinião das pessoas , que não se preocupou com a opinião
de DEUS e da sua liderança. Uma coisa é você ter o manto, outra coisa é estar
debaixo do manto. Quando você tem um manto que alimenta seus benefícios
egoístas, mas não se submete debaixo dele, você quebra o princípio de
autoridade do Reino de Deus.
Apóstolos
são pais, trazem direção, limite e proteção e quando seus filhos estão debaixo
do manto recebem um legado pois Samuel era Pai, Elias era Pai e Jesus é a
manifestação do Pai e todos quantos estavam debaixo deles encontraram o
propósito do Reino. Enquanto você estiver como um filho debaixo do manto terá a
mesma unção do Pai.
O manto traz cura, como mostra Marcos 06:56, onde os que
tocavam somente na orla do manto de Jesus era milagrosamente curados, o Tzi-tzi
que era uma indumentária judaica descrita em Nr tinha uma simbologia divina
fortíssima, e quando aquela mulher do fluxo de sangue tocou toda a paternidade
que estava em Jesus foi impartida com aquela mulher, o manto transfere
características singulares.
O que não pode acontecer, em hipótese alguma, é
tocarmos indevidamente o manto sem respeitá-lo, pois em I Samuel 24:05 Davi
arrependeu-se de ter tocado no manto de Saul porque ele ainda era o Rei sobre a
nação.
E Davi só obteve êxito em sua vida porque passou a respeitar a unção que
estava sobre Saul. Um manto é um modelo bíblico de autoridade e toda autoridade
foi constituída por Deus, contudo se eu não tenho um manto que me cubra
adequadamente e me deixa passar frio está na hora de eu buscar vida fora dele.
O que você respeita cresce dentro de você.
O reino de DEUS necessita de pais
não de chefes. Quando Deus entrega um manto a alguém está lhe dando uma unção
de Paternidade espiritual porque os Pais tem algo que o filho não tem: O Manto
Ministerial! Shúúú´…
AP.Luiz
Hermínio - Ministério Mevam
A unção leva você à três coisas:
1. A ser o que nunca seria.
2. A ter o que nunca teria.
3. A chegar aonde você nunca chegaria.