A Prática
dos Cinco Ministérios
“E ele mesmo
concedeu uns para apóstolos, outros para profetas, outros para evangelistas e
outros para pastores e mestres, com vistas ao aperfeiçoamento dos santos para o
desempenho do seu serviço, para a edificação do corpo de Cristo.” (Ef 4:10-11)
Segundo este
texto, os cinco ministérios não são chamados para fazerem o serviço, mas para
aperfeiçoar, treinar e equipar os santos, para estes exercerem o ministério. O
foco daqueles que chamados para serem apóstolos, profetas, evangelistas,
pastores e mestres não está na pessoa destes e no exercício do apostolado, do profético,
do evangelismo, do pastorado ou do ensino. O trabalho fundamental destes
ministérios é preparar os santos para estes exercerem o ministério (serviço).
Diante
disto, como, então, os cinco ministérios devem exercer sua função? A resposta a
esta pergunta é uma chave preciosa, porque a maneira que respondemos determina
a forma de como exercemos nosso chamado. Ou seja, a resposta a esta pergunta
determina o perfil de nosso ministério. Este é o segredo do sucesso ou do
fracasso daqueles que foram chamados para exercerem os cinco ministérios.
Apesar da
importância desta resposta, ela é muito simples. Cada ministério foi chamado
principalmente para preparar a igreja na característica do chamado que possui.
Assim, o apóstolo deve fazer com que a igreja seja apostólica, o profeta
precisa levar a igreja a ser profética, e o evangelista deve gerar na igreja o
espírito evangelístico. Não é simplesmente que o evangelista deve evangelizar,
mas sim fazer com que a igreja se torne evangelística. Para isto, certamente o
evangelista deve ter uma boa experiência e prática de evangelismo para ter um
bom testemunho e saber ensinar, transmitir e impartir esta característica à
igreja. Assim também o apóstolo deve viver na prática apostólica para poder
influenciar a igreja apostolicamente.
Com isto em
mente, o foco do apóstolo não está na pessoa do apóstolo, mas no exercício do
apostólico. O que um apóstolo deve mais entender e se preocupar é em como gerar
o espírito apostólico na igreja e não em como ser um apóstolo. O que um
apóstolo deve entender é sobre o apostólico e não sobre o apóstolo. Se assim
fizer ele será um bom apóstolo. Igualmente acontece com os outros ministérios.
O profeta não deve estar preocupado em como é um profeta, mas no que consiste o
profético. A vida de um profeta deve estar encharcada com o espírito profético
para gerar este espírito na igreja. E assim com cada ministério.
Compreendido
isto, tiramos o foco da pessoa e colocamos o foco na função. Entendemos que as
coisas na igreja não deveriam funcionar por causa de um “figurão”, mas porque
todo corpo está aperfeiçoado e trabalhando nos cinco ministérios.
Resumindo: a
preocupação do apóstolo deve ser gerar o apostólico na igreja. A preocupação do
profeta deve ser gerar o profético na igreja. A preocupação do evangelista deve
ser gerar o evangelístico na igreja. A preocupação do pastor deve ser gerar o
espírito pastoral na igreja. E a preocupação do mestre deve ser gerar o
conhecimento na igreja. Ou seja, o apóstolo deve entender muito sobre o apostólico
e não sobre o apóstolo. O profeta deve entender muito sobre o profético e não
se preocupar em como é profeta. E assim por diante.
Falo isto
por dois motivos. Primeiro porque muitos que são chamados apóstolos, profetas,
etc. somente têm a preocupação consigo mesmo, em exercer seu ministério,
esquecendo que sua função não está concentrada na sua pessoa, mas em gerar o
espírito que Deus colocou sobre ele na igreja. Segundo porque se assim
acontecer, começamos a entender que os cinco ministérios não são títulos e
posições na igreja, mas funções de impartição do espírito que Deus colocou
sobre estes ministérios.
Ricardo
Wagner, apóstolo
Nenhum comentário:
Postar um comentário